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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mundo Empresarial -  Oportunidades e competências e exigências do factor RH

Key Word´s – Competências, Dinamismo, Geração Qualificada, Oportunidades, Revolução

Boas caros amigos (as) empresários (as),


Estou de volta com mais um artigo de opinião e mais um conjunto de ideias. Desta vez fora de  Portugal, sim isso mesmo fora do país que me educou, tudo me deu e ensinou, mas calma, não será por muito tempo. O tema que vou abordar surgiu-me por essa razão. As exigências e as competências necessárias no contexto actual e futuro no mundo empresarial (só? E os outros?). 

Sou "produto" da sociedade moderna portuguesa, da GERAÇÃO QUALIFICADA,  sim daqueles que sonhou que tudo iria correr bem e tudo seria de forma mais ao menos “fácil” atingível. Enganei me, melhor acordei a tempo de perceber que algo de muito radical iria acontecer, estaríamos nós algures em 2008, estamos quase em 2014 e o cenário é o conhecido.
Para que não fiquem dúvidas, esclareço que não me vejo como exemplo para quem quer que seja e assumo que sou uma pessoa de sorte. Sorte com as empresas com quem trabalhei e trabalho, sorte com as pessoas com quem trabalho e mais sorte ainda com os desafios que me são colocados e que muito me têm feito aprender, de que maneira. Saliento ainda o meu mais profundo respeito por todos os meus colegas, pela minha geração, pelos seus pais que muito trabalharam e abdicaram, sonhando com um futuro melhor para os seus filhos, por fim saliente-se que não sou nem quero ser advogado de ninguém.
Tive a oportunidade de me deslocar pela primeira vez a um dos “oásis” de oportunidades do contexto empresarial actual, Angola. E a ideia de escrever este artigo partiu desta mesma oportunidade, de tudo o que tinha ouvido e principalmente de tudo que por aqui tenho visto.
O contexto empresarial mundial, mas principalmente aquele que se vive em Portugal já o disse em artigos anteriores é de “revolução”, se me permitem o termo, que bem sei ser forte. Ora por conseguinte, todos aqueles que se inserem nesse contexto tem duas hipóteses: 
  • Ou acompanham a revolução, (re) capacitando-se, adquirindo competências e factores competitivos ou simplesmente
  • Deixa-se andar, esperando um qualquer milagre (emprego fixo bem remunerado e sem grande exigência).
Honestamente eu não acredito muito na 2.ª opção. Quanto mais aprendo, quanto mais empresas conheço, quanto mais empresas analiso, quanto mais realidades conheço mais certeza tenho disso. Assim sendo resta-nos, geração qualificada,  arregaçar as mangas e dotarmo-nos de armas suficientes para ultrapassar os desafios que nos vão surgindo.
As empresas e as pessoas estão hoje todos no mesmo barco. Barco esse que em muitos casos está a meter água, ou está com dificuldades em navegar e em encontrar novos caminhos. É necessário encontrar soluções para arranjar o barco, encontrar novas rotas e remar até porto seguro, se me permitem a comparação. O barco (empresas) enfrentam tempestades, desafios, têm alguns buracos e o (s) desafios são enormes para levar o barco a bom porto. É preciso ajudar a concertar, (re) orientar o barco e fundamentalmente encontrar novas rotas.
Não é fácil sair do nosso país e do conforto dos nossos, não é fácil trabalhar horas extra sem nada receber, não é fácil trabalhar semanas e fins de semana, não é fácil estudar, qualificar-se adquirindo competências e receber salários pouco condizentes e dignos com o esforço despendido, não é fácil trabalhar ou ter que ir trabalhar para áreas que não são as dos nossos sonhos, mas principalmente é desolador não ter trabalho. Esta é a realidade, mas é também o ponto de partida para mudarmos e procurarmos SOLUÇÕES. Não é fácil é certo, mas é possível, e uns e outros, mais cedo ou mais tarde, vão perceber a necessidade de (re)aprender, sejam empresários, sejam colaboradores. O desconhecido traz receio, faz pensar se vale a pena correr riscos. Vim visitar Luanda e visitar empresas Angolanas, sim só empresas Angolanas e não só grandes empresas, mas principalmente pequenas empresas. Confesso que a ansiedade era (já não é) mais que muita. Afinal o que iria encontrar eu? A única coisa que sabia e que tinha era uma oportunidade única e que queria, precisava aprender e saber o que se faz e como se faz por aqui. Tenho trabalhado com algumas empresas Angolanas em Portugal e nesse sentido a oportunidade era única, os ganhos? Bem não vale a pena falar disso, a maior riqueza é sem qualquer sombra de dúvida a aprendizagem e as competências que estou a adquirir, e, acreditem que estou a adquirir a uma velocidade vertiginosa. Para o efeito assumi me como se de uma empresa se trata-se, questões logísticas, legais, empresariais etc. O impacto inicial não foi o melhor e nesse momento uma questão se colocou, ou rapidamente me adaptava ao ambiente, pessoas, cidade, empresas ou então....
Quando comecei a visitar as empresas, confesso que fiquei sem palavras. Empresas pequenas onde tudo é potencial, mas também onde tudo é necessário pensar como empresa, é ai que está a oportunidade. Não fui a Silicon Valley ver os melhores exemplos, talvez um dia vá, quero muito ir, mas acreditem que muito estou a aprender de como e o que fazer e o que nunca fazer nas empresas. Aqui o meu maior desafio é mesmo encontrar soluções com recursos (financeiros, humanos, teconlógicos) escassos, na verdadeira acepção da palavra.
Quanto mais empresas conheço, mais desafios (não problemas) encontro. Não tenho sorte de conhecer empresas perfeitas e ainda bem que assim é. Mais soluções me solicitam, seja na área Financeira, Operacional, Contabilística, RH, Logística, Internacionalização, Stock´s etc, mas também mais oportunidades e barreiras ultrapasso e por conseguinte mais competente e mais capacitado para desenvolver o meu trabalho fico. Se quero ser bem sucedido tenho ainda muitos barcos para ajudar a arranjar, (re) orientar, ultrapassar tempestades e levar a bom porto, caso contrário também eu me vou afogar.
Por tudo isto eu sou um profissional muito feliz e cheio de sorte.

P.S. Um agradecimento especial aos empresários angolanos com quem tenho tido o prazer de aprender e talvez ensinar algo e que tudo fizeram e fazem para me deixar à vontade.


Bons negócios e até breve! 

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