Mundo Empresarial - Oportunidades
e competências e exigências do factor RH
Key Word´s –
Competências, Dinamismo, Geração Qualificada, Oportunidades, Revolução
Boas caros
amigos (as) empresários (as),
Estou
de volta com mais um artigo de opinião e mais um conjunto de ideias. Desta vez
fora de Portugal, sim isso mesmo fora do
país que me educou, tudo me deu e ensinou, mas calma, não será por muito
tempo. O tema que vou abordar surgiu-me por essa razão. As exigências e as
competências necessárias no contexto actual e futuro no mundo empresarial (só? E
os outros?).
Sou "produto" da sociedade moderna
portuguesa, da GERAÇÃO QUALIFICADA, sim daqueles que sonhou que tudo iria correr
bem e tudo seria de forma mais ao menos “fácil” atingível. Enganei me, melhor
acordei a tempo de perceber que algo de muito radical iria acontecer, estaríamos
nós algures em 2008, estamos quase em 2014 e o cenário é o conhecido.
Para que não fiquem dúvidas, esclareço
que não me vejo como exemplo para quem quer que seja e assumo que sou uma
pessoa de sorte. Sorte com as empresas com quem trabalhei e trabalho, sorte com
as pessoas com quem trabalho e mais sorte ainda com os desafios que me são
colocados e que muito me têm feito aprender, de que maneira. Saliento ainda o meu mais profundo respeito
por todos os meus colegas, pela minha geração, pelos seus pais que muito
trabalharam e abdicaram, sonhando com um futuro melhor para os seus filhos, por
fim saliente-se que não sou nem quero ser advogado de ninguém.
Tive a oportunidade de me deslocar pela
primeira vez a um dos “oásis” de oportunidades do contexto empresarial actual,
Angola. E a ideia de escrever este artigo partiu desta mesma oportunidade, de
tudo o que tinha ouvido e principalmente de tudo que por aqui tenho visto.
O contexto empresarial mundial, mas
principalmente aquele que se vive em Portugal já o disse em artigos anteriores é de “revolução”, se me permitem o termo,
que bem sei ser forte. Ora por conseguinte, todos aqueles que se inserem nesse
contexto tem duas hipóteses:
- Ou acompanham a revolução, (re) capacitando-se, adquirindo competências e factores competitivos ou simplesmente
- Deixa-se andar, esperando um qualquer milagre (emprego fixo bem remunerado e sem grande exigência).
As empresas e as pessoas estão hoje
todos no mesmo barco. Barco esse que em muitos casos está a meter
água, ou está com dificuldades em navegar e em encontrar novos caminhos. É necessário encontrar soluções para arranjar o barco, encontrar novas rotas e remar até
porto seguro, se me permitem a comparação. O barco (empresas) enfrentam tempestades, desafios, têm alguns buracos e o (s) desafios são enormes para levar o
barco a bom porto. É preciso ajudar a concertar, (re) orientar o barco e fundamentalmente encontrar
novas rotas.
Não é fácil sair do nosso país e do
conforto dos nossos, não é fácil trabalhar horas extra sem nada receber, não é
fácil trabalhar semanas e fins de semana, não é fácil estudar, qualificar-se
adquirindo competências e receber salários pouco condizentes e dignos com o
esforço despendido, não é fácil trabalhar ou ter que ir trabalhar para áreas
que não são as dos nossos sonhos, mas
principalmente é desolador não ter trabalho. Esta é a realidade, mas é
também o ponto de partida para mudarmos e procurarmos SOLUÇÕES. Não é fácil é
certo, mas é possível, e uns e outros, mais cedo ou mais tarde, vão perceber a
necessidade de (re)aprender, sejam empresários, sejam colaboradores. O
desconhecido traz receio, faz pensar se vale a pena correr riscos. Vim visitar
Luanda e visitar empresas Angolanas, sim só empresas Angolanas e não só grandes
empresas, mas principalmente pequenas empresas. Confesso que a ansiedade era
(já não é) mais que muita. Afinal o que iria encontrar eu? A única coisa
que sabia e que tinha era uma oportunidade única e que queria, precisava aprender e saber o que se faz e como se
faz por aqui. Tenho trabalhado com algumas empresas Angolanas em Portugal e
nesse sentido a oportunidade era única, os ganhos? Bem não vale a pena falar
disso, a maior riqueza é sem qualquer sombra de dúvida a aprendizagem e as
competências que estou a adquirir, e, acreditem que estou a adquirir a uma
velocidade vertiginosa. Para o efeito assumi me como se de uma empresa se
trata-se, questões logísticas, legais, empresariais etc. O impacto inicial não foi o
melhor e nesse momento uma questão se colocou, ou rapidamente me adaptava ao ambiente, pessoas,
cidade, empresas ou então....
Quando comecei
a visitar as empresas, confesso que fiquei sem palavras. Empresas pequenas onde
tudo é potencial, mas também onde tudo é necessário pensar como empresa, é ai que está a oportunidade. Não fui a
Silicon Valley ver os melhores exemplos, talvez um dia vá, quero muito ir, mas acreditem que muito estou a aprender de como e o que fazer e o que nunca
fazer nas empresas. Aqui o meu maior desafio é mesmo encontrar soluções com recursos (financeiros, humanos, teconlógicos) escassos, na verdadeira acepção da palavra.
Quanto
mais empresas conheço, mais desafios (não problemas) encontro. Não tenho
sorte de conhecer empresas perfeitas e ainda bem que assim é. Mais soluções me
solicitam, seja na área Financeira, Operacional, Contabilística, RH, Logística,
Internacionalização, Stock´s etc, mas também mais oportunidades e barreiras
ultrapasso e por conseguinte mais competente e mais capacitado para desenvolver
o meu trabalho fico. Se quero ser bem sucedido tenho ainda muitos barcos para
ajudar a arranjar, (re) orientar, ultrapassar tempestades e levar a bom porto, caso contrário também eu me vou afogar.
Por tudo isto eu sou um profissional muito feliz e cheio de sorte.
P.S. Um agradecimento especial aos
empresários angolanos com quem tenho tido o prazer de aprender e talvez ensinar
algo e que tudo fizeram e fazem para me deixar à vontade.
Bons negócios e até breve!