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domingo, 20 de janeiro de 2013



As decisões de hoje e o impacto do amanhã – Sai um comprimido para a ressaca?

Key Word´sPresente, Futuro, Decisões, Estratégia, Operacionais

As decisões empresariais comprometem sempre os recursos do presente com as incertezas do futuro Peter Drucker

Boas amigo(a)s empresário(a)s 

Estou de volta com o 1.º artigo de 2013. 
Para a ocasião e, porque o ano que agora se inicia se avizinha traz, como alguém disse, “colossais” desafios às empresas (e não só). Trouxe para discussão um tema bastante importante e de relevante impacto no futuro das empresas. As decisões empresariais tomadas no presente e o seu impacto no futuro das empresas. 
Tal assunto torna-se relevante, de entro outros aspectos, pelo enorme impacto que essas mesmas decisões podem assumir no médio e longo prazo, ou até mesmo no curto prazo na vida da empresa.
Assumo desde já que é muito fácil falar e pintar um quadro muito bonito. Na realidade e dada a conjuntura e a envolvente empresarial, nem sempre as decisões são lineares e simples de se tomar. Isto é fundamental para se perceber o conteúdo do artigo de opinião e das “dicas” que deixo aqui expostas.
O contexto actual em que inserem as empresas e, o passado recente “obriga” muitas vezes as empresas a tomarem decisões que podem trazer impactos negativos a médio ou longo prazo.
Começo a minha análise da melhor forma possível, com o contributo do maior mago da gestão moderna, em quem muito me inspiro. Peter Drucker contextualizou num dos seus textos a seguinte frase:
“As decisões empresariais comprometem sempre os recursos do presente com as incertezas do futuro”. 

Concordo plenamente com a afirmação. As decisões empresariais tomadas hoje terão no futuro (mais ou menos longínquo) impacto na competitividade das empresas. Resta saber, e é ai que se centra a discussão, qual o impacto. Espera-se claro está, que seja positivo, mas, na verdade nem sempre assim é. O porquê disso é o que vou tentar explicar.
Em clima de incerteza, tal qual aquele que vivemos, em que os recursos são escassos e a urgência das decisões corre à velocidade da luz, nem sempre é fácil tomar decisões equilibradas (uma leitura pelo artigo anterior sobre o conceito de GESTÃO, ajudará a perceber melhor esta questão do equilíbrio). A falta de recursos (não só os financeiros) é visível hoje em qualquer empresa PME.
Na minha experiência profissional tenho lutado e alertado insistentemente, às vezes chego a ser chato, para que as decisões tomadas hoje não coloquem em risco, ou pelo menos não tragam dissabores à empresa no curto ou médio prazo. Confesso que nem sempre é fácil explicar esta visão a quem toma as decisões. Ressalve-se que quem toma as decisões quer sempre o melhor para a empresa, disso ninguém duvide. Só que nem sempre as decisões de hoje são as melhores para a empresa….num futuro próximo.
Salta aqui à vista logo uma questão de base: Mas não se guiam as empresas por uma estratégia pré definida e delineada que deverá ser seguida pelos seus decisores? Eu diria que em alguns casos sim, noutros nem tanto. O contexto que as empresas vivem, deita muitas vezes por terra qualquer estratégia previamente definida, porquê? Porque o contexto muda radicalmente de um momento para o outro. Por contexto tome-se, político, fiscal, económico, no mercado da procura e da oferta, logístico, etc. Um bom exemplo são as recentes “crises” (não sei como lhe chamar) dos portos que em Portugal vivemos. Veja-se os milhares de euros que as empresas perderam, os negócios que foram por água abaixo e, pior que tudo, os clientes que se perderam e não mais se irão recuperar, ou pelo menos não se perspectiva. Outros exemplos poderíamos enumerar, o caso do custos mas matérias primas, do acesso a financiamento ou do custo dos factores de produção. Eu próprio vivi essa realidade e não é de todo simples tomar decisões em contextos destes, mas, enfim as decisões foram feitas para serem tomadas, so…let´s go.
Uma das coisas mais importantes que aprendi enquanto estudante foi que, pior que tomar decisões erradas é não tomar decisões. Concordo, mas tenho alguns senãos
Tomam-se nas empresas muitas decisões hoje que no futuro serão problemas ou pelo menos a probabilidade de o serem é elevada. Este é o meu senão. Percebo os empresários e decisores quando dizem que têm fazer algo, o problema tem que ser resolvido, sim é verdade. Não menos verdade é que muitos dos problemas de hoje derivam de decisões tomadas à não muito tempo. Tal facto deveria servir de alerta para quem toma as decisões. Em alguns casos muito recentemente. As decisões quando mal pensadas e pouco ponderadas, acumulam-se umas sobre as outras e no futuro o problema gerado é bem maior. Não vale a pena assobiar para o lado. A capacidade de tomar decisões equilibradas reflecte-se directamente no futuro da empresa. Poder-se-à dizer que é difícil prever o futuro dado a sua incerteza. Concordo, mas também se deverá sempre ter em conta em qualquer decisão, o futuro da empresa. As razões apresentadas só corroboram a importância de definir estratégias e de seguir o caminho traçado. Isto não implica que as empresas tenham como característica principal a flexibilidade e o dinamismo, para melhor se adaptarem aos contextos.
Por analogia costumo dizer. Muitas decisões de hoje são como comprimidos. Um dia bebemos uns copos a mais, ao outro dia acordamos com ressaca, sabemos que erramos mas para atenuar tomamos um comprimido e tudo melhora. No fim sorrimos e pensamos pronto já passou, venha a próxima. Caros amigos o problema continua lá. Mais uma noite de copos e a rotina repete-se, mais uma ressaca mais um comprimido. O problema principal é qual? Pensa-se que o problema está na ressaca e que a solução está no comprimido mas não está. A solução é não beber tanto. O que poderá acontecer no futuro que não sabemos quando? Em casos extremos….problemas de fígado e ai qual é a solução? Ás vezes não existe. A analogia embora um pouco arriscada e tonta encaixa perfeitamente.
O que quero dizer é que as decisões embora extremamente difíceis devem ser bem pensadas. A solução de hoje pode muito bem ser um problema do amanhã! Por vezes perante um problema financeiro, porque esse recurso é extremamente escasso lá se consegue um solução e pensa-se sorrindo, mais uma vez passou o elefante pelo buraco da agulha. Cuidado! Se calhar o buraco ficou mais pequeno e no futuro nada nem ninguém lá passará. A contabilidade tem um principio chave. Principio da continuidade. A empresa perdura no tempo. Qualquer decisão de hoje não deverá condicionar o futuro da empresa. Como dizia um economista reconhecido à bem pouco tempo, soluções difíceis e impopulares de hoje podem gerar prosperidade na sociedade do futuro. Tal qual o principio do consumo no presente e os problemas que gera no futuro face à poupança que no presente não tem muitos resultados visíveis, mas a médio ou longo prazo traz prosperidade. É mais importante que se tomem decisões difíceis hoje mas que no futuro serão um bom condutor para a competitividade. Por isso tanto se fala em INVESTIMENTO! Investir não mais é do que semear hoje e colher amanhã mais do que semeei hoje.
Em conclusão alerto para a importância das decisões presentes, muitas vezes para problemas menores, e, para as decisões que se tomam para resolver esses problemas e qual o seu impacto no futuro.
Senhor empresário (a), caro empreendedor(a), na próxima decisão que tomar lembre-se o futuro começa…agora. 
Todas as decisões que tomar irão de uma forma ou outra condicionar ou acelerar o sucesso da sua empresa AMANHÃ.

P.S. Brevemente trarei novidades :D

Bons negócios!