As
decisões de hoje e o impacto do amanhã –
Sai um comprimido para a ressaca?
Key
Word´s
– Presente,
Futuro, Decisões, Estratégia, Operacionais
As
decisões empresariais comprometem sempre os recursos do presente com as
incertezas do futuro – Peter Drucker
Boas
amigo(a)s empresário(a)s
Estou
de volta com o 1.º artigo de 2013.
Para
a ocasião e, porque o ano que agora se inicia se avizinha traz, como alguém
disse, “colossais” desafios às empresas (e não só). Trouxe para discussão um tema bastante importante
e de relevante impacto no futuro das empresas. As decisões empresariais tomadas no presente e o seu impacto no futuro
das empresas.
Tal
assunto torna-se relevante, de entro outros aspectos, pelo enorme impacto que
essas mesmas decisões podem assumir no médio e longo prazo, ou até mesmo no
curto prazo na vida da empresa.
Assumo
desde já que é muito fácil falar e pintar um quadro muito bonito. Na
realidade e dada a conjuntura e a envolvente empresarial, nem sempre as
decisões são lineares e simples de se tomar. Isto é fundamental para se
perceber o conteúdo do artigo de opinião e das “dicas” que deixo aqui expostas.
O
contexto actual em que inserem as empresas e, o passado recente “obriga” muitas
vezes as empresas a tomarem decisões que podem trazer impactos negativos a médio ou longo prazo.
Começo
a minha análise da melhor forma possível, com o contributo do maior mago da
gestão moderna, em quem muito me inspiro. Peter
Drucker contextualizou num dos seus textos a seguinte frase:
“As decisões empresariais
comprometem sempre os recursos do presente com as incertezas do futuro”.
Concordo plenamente com a afirmação. As
decisões empresariais tomadas hoje terão no futuro (mais ou menos longínquo) impacto na competitividade das empresas. Resta saber, e é ai que se centra a discussão, qual o
impacto. Espera-se claro está, que seja positivo, mas, na verdade nem sempre
assim é. O porquê disso é o que vou tentar explicar.
Em
clima de incerteza, tal qual aquele que vivemos, em que os recursos são
escassos e a urgência das decisões corre à velocidade da luz, nem sempre é
fácil tomar decisões equilibradas (uma leitura pelo artigo anterior sobre o
conceito de GESTÃO, ajudará a perceber melhor esta questão do equilíbrio). A
falta de recursos (não só os financeiros) é visível hoje em qualquer empresa PME.
Na
minha experiência profissional tenho lutado e alertado insistentemente, às
vezes chego a ser chato, para que as decisões tomadas hoje não coloquem em
risco, ou pelo menos não tragam dissabores à empresa no curto ou médio prazo.
Confesso que nem sempre é fácil explicar esta visão a quem toma as decisões.
Ressalve-se que quem toma as decisões quer sempre o melhor para a empresa,
disso ninguém duvide. Só que nem sempre as decisões de hoje são as melhores
para a empresa….num futuro próximo.
Salta
aqui à vista logo uma questão de base: Mas não se guiam as empresas por uma
estratégia pré definida e delineada que deverá ser seguida pelos seus
decisores? Eu diria que em alguns casos sim, noutros nem tanto. O contexto que
as empresas vivem, deita muitas vezes por terra qualquer estratégia previamente
definida, porquê? Porque o contexto muda radicalmente de um momento para o
outro. Por contexto tome-se, político, fiscal, económico, no mercado da procura
e da oferta, logístico, etc. Um bom exemplo são as recentes “crises” (não sei
como lhe chamar) dos portos que em Portugal vivemos. Veja-se os milhares de
euros que as empresas perderam, os negócios que foram por água abaixo e, pior
que tudo, os clientes que se perderam e não mais se irão recuperar, ou pelo
menos não se perspectiva. Outros exemplos poderíamos enumerar, o caso do custos
mas matérias primas, do acesso a financiamento ou do custo dos factores de
produção. Eu próprio vivi essa realidade e não é de todo simples tomar decisões
em contextos destes, mas, enfim as decisões foram feitas para serem tomadas, so…let´s go.
Uma
das coisas mais importantes que aprendi enquanto estudante foi que, pior que
tomar decisões erradas é não tomar decisões. Concordo, mas tenho
alguns senãos
Tomam-se
nas empresas muitas decisões hoje que no futuro serão problemas ou pelo menos a
probabilidade de o serem é elevada. Este é o meu senão. Percebo os empresários e
decisores quando dizem que têm fazer algo, o problema tem que ser resolvido, sim é
verdade. Não menos verdade é que muitos dos problemas de hoje derivam de
decisões tomadas à não muito tempo. Tal facto deveria servir de alerta para quem toma as decisões. Em alguns casos muito recentemente. As decisões quando mal pensadas e pouco ponderadas, acumulam-se umas sobre as outras e no futuro o
problema gerado é bem maior. Não vale a pena assobiar para o lado. A capacidade
de tomar decisões equilibradas reflecte-se directamente no futuro da empresa.
Poder-se-à dizer que é difícil prever o futuro dado a sua incerteza. Concordo,
mas também se deverá sempre ter em conta em qualquer decisão, o futuro da empresa.
As razões apresentadas só corroboram a importância de definir estratégias e de seguir
o caminho traçado. Isto não implica que as empresas tenham como característica principal
a flexibilidade e o dinamismo, para melhor se adaptarem aos contextos.
Por
analogia costumo dizer. Muitas decisões de hoje são como comprimidos. Um dia
bebemos uns copos a mais, ao outro dia acordamos com ressaca, sabemos que
erramos mas para atenuar tomamos um comprimido e tudo melhora. No fim sorrimos
e pensamos pronto já passou, venha a próxima. Caros amigos o problema continua
lá. Mais uma noite de copos e a rotina repete-se, mais uma ressaca mais um
comprimido. O problema principal é qual? Pensa-se que o problema está na
ressaca e que a solução está no comprimido mas não está. A solução é não beber
tanto. O que poderá acontecer no futuro que não sabemos quando? Em casos
extremos….problemas de fígado e ai qual é a solução? Ás vezes não existe. A
analogia embora um pouco arriscada e tonta encaixa perfeitamente.
O
que quero dizer é que as decisões embora extremamente difíceis devem ser bem
pensadas. A solução de hoje pode muito bem
ser um problema do amanhã! Por vezes perante um problema financeiro, porque
esse recurso é extremamente escasso lá se consegue um solução e pensa-se
sorrindo, mais uma vez passou o elefante pelo buraco da agulha. Cuidado! Se
calhar o buraco ficou mais pequeno e no futuro nada nem ninguém lá passará. A
contabilidade tem um principio chave. Principio da continuidade. A empresa perdura no tempo. Qualquer
decisão de hoje não deverá condicionar o futuro da empresa. Como dizia um
economista reconhecido à bem pouco tempo, soluções difíceis e impopulares de hoje podem gerar prosperidade na
sociedade do futuro. Tal qual o principio do consumo no presente e os problemas
que gera no futuro face à poupança que no presente não tem muitos resultados visíveis,
mas a médio ou longo prazo traz prosperidade. É mais importante que se tomem
decisões difíceis hoje mas que no futuro serão um bom condutor para a competitividade.
Por isso tanto se fala em INVESTIMENTO! Investir não mais é do que semear hoje
e colher amanhã mais do que semeei hoje.
Em
conclusão alerto para a importância das decisões presentes, muitas vezes para
problemas menores, e, para as decisões que se tomam para resolver esses
problemas e qual o seu impacto no futuro.
Senhor
empresário (a), caro empreendedor(a), na próxima decisão que tomar lembre-se o
futuro começa…agora.
Todas as decisões que tomar irão de uma forma ou outra
condicionar ou acelerar o sucesso da sua empresa AMANHÃ.
P.S.
Brevemente trarei novidades :D
Bons
negócios!