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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Internacionalização de Empresas e Negócios

Internacionalização é um processo pela qual uma empresa aumenta o nível das suas actividades de valor acrescentado para fora do seu país de origem. Apresenta-se hoje com uma solução, por ventura a única, para as empresas que mergulharam numa crise sem precedentes e sem soluções à vista. A globalização dos mercados, as tecnologias de informação (permitindo às empresas descobrir, estudar, perceber, e contactar com outros mercados e realidades), o emergir de um conjunto de economias que apresentam níveis de crescimento, potencialidade e riqueza absolutamente fabulosos, vulgo BRIC´S, tornaram a internacionalização mais apetecível. Tudo isto seria um quadro muito bem pintado, não fosse um conjunto de outras desafios que se colocam aos shareholders e stakeholders das empresas. A 1.ª grande questão é se empresas com natureza tipicamente de mercado interno sabem o que é e como funciona o mercado externo. Lembremos uma das grandes regras da internacionalização - > Lógica internacional difere, muito, da lógica nacional em toda a cadeia de valor. Torna-se fundamental, que antes de tudo, perceber que a internacionalização é um processo de aprendizagem pelo qual a empresa terá obrigatoriamente que passar, sob pena de tudo falhar e os "prejuízos" serem fatais, em alguns casos" para a empresa. Não basta ter bons produtos, é preciso muito mais.
Se nos centrarmos na internacionalização na sua forma mais simples, a exportação (porque essa é a forma mais utilizada em contextos como o português), constata-se que grande parte das vezes não existe o menor conhecimento sobre como funciona o processo de exportação, o que de resto é de todo natural .  Perceba-se quais as formas em que a exportação pode realizar-se:
  • Exportação Indirecta 
  • Exportação directa
  • Exportação Própria
Um outro requisito importante é perceber as motivações que levam as empresas a exportarem. Das duas uma ou as empresas vão para mercados externos por vontade própria, vontade essa que deverá estar assente na estratégia global da empresa, aproveitando a empresa oportunidades que surgem, procurando novos mercados, ou em último caso por questões de sobrevivência. no entanto as empresas podem ainda ser induzidas ou até "empurradas" para desafios internacionais, através dos seus clientes por exemplo, ex: do sector automóvel, por desafios governamentais, ou até induzidas por outras empresas. Ora no segunda caso a importância de ter uma estratégia bem preparada é ainda maior, o que quase nunca acontece. Um bom exercício para as empresas será que o seu centro de decisão perceba a atitude da empresa face à internacionalização, podendo esta ser:
  • Distantes;
  • Desejosas;
  • Prudentes;
  • Empenhadas Passivas;
  • Envolvidas ou;
  • Empenhadas activas.
É fundamental que a empresa perceba qual a sua atitude face ao comércio externo. Uma das questões chave e muito poucas vezes respondida é:
Terá a empresa estrutura e capacidade para trabalhar com mercados externos?
É em função da resposta a esta questão e a todas as questões que daí advêm que a empresa poderá e deverá escolher a melhor forma de se internacionalizar (relembra-se uma vez mais que falamos neste caso do modo de exportação).
O risco inerente ao processo de exportação é óbvio e está presente em todo processo. O fraco, ou nulo conhecimento dos mercados e dos clientes, o risco de crédito, risco de todo processo logístico, questões culturais (fundamentais), questões linguísticas, processo documental, etc. Um conjunto de variáveis que influenciam directamente o sucesso de toda a operação e que devem ser bem conhecidas e se possível minimizadas pela empresa. 
Internacionalizar pressupõem investimento: Financeiro (o processo quando assumido pela empresa pode ser bastante oneroso), em recursos humanos capazes e com competências de abordar e trabalhar mercados, clientes, eventos e todo processo, e capacidade interna, onde a excelência é factor chave, deixo aqui um conjunto de factores chave no processo de internacionalização no modo de exportação para que melhor as empresas percebam como desenhar o seu plano:
  • Capacidade interna e externa
  • Qualidade e excelência;
  • Design;
  • Inovação;
  • Marketing;
  • Imagem e marca
Deixo aqui um bom exemplo de uma empresa portuguesa no sector têxtil a quem foi apresentada uma proposta de fornecimento de um artigo, mas que esta não teve capacidade em completo para responder, "simplesmente", porque...não tinha capacidade produtiva e capacidade logística para o negócio.  
Outros casos poderia aqui abordar como sejam o caso dos incoterms, ou da procura para certos mercados de agentes financeiros intermediadores.
Importa acima de tudo, é isso que se procura com este artigo que as empresas percebam a necessidade de se capacitar ou de arranjar parceiros, sim a cooperação pode ser a chave do sucesso, saiamos da toca em que vivemos sozinhos com medo de perder o mundo, competir cooperando pode ser a chave do sucesso, desde que haja interesse mútuo de ambos os parceiros, além de que poderá ser uma forma de minimizar risco e potencializar resultados.
3 regras chave para as empresas que queiram iniciar ou melhorar o seu processo de internacionalização:
  1. Regra n.º 1 - As empresas não dominam todas as variáveis. Num tecido empresarial dominado por PME´s, a relação custo beneficio de análise, estudo e negociação com os mercados, torna o processo e a internacionalização onerosa;
  2. Regra n.º 2 - No contexto actual as empresas não dispõem de recursos (humanos e financeiros), suficientes bem como de conhecimento e competência sobre o processo. A cooperação afigura-se como uma boa ferramenta.
  3. Regra n.º 3 - Vender para mercados externos não é o mesmo que vender para o mercado interno, sendo que mesmo os mercados externos podem ter lógicas de actuação regionais e por ventura diferentes umas das outras.
Para finalizar ficam 10 passos fundamentais a percorrer no processo de exportação:

1.º Passo – Qualidade, excelência;
2.º Passo – O que é a exportação
3.º Passo - Atitude da empresa face ao comércio externo - Exportação
4.º Passo - Pressupostos da Exportação
5.º Passo – Compromisso de exportar
6.º Passo – Construção de equipa (s) trabalho
7.º Passo – Delinear estratégias de actuação
8.º Passo - Apoios disponíveis – Procurar, estudar e explorar
9.º Passo - Gestão, controlo e avaliação de todo processo de exportação
10.º Passo – Vendas - > Resultados - > Sucesso da operação.

Num mundo encolheu, e o tempo acelerou, será bem mais fácil ter o mundo e o sucesso da sua empresa nas suas mãos!


Para mais informações de como desenvolver um plano de exportação contactate-nos.

Bons negócios!

1 comentário:

  1. Prezados,

    No seguinte link artigo sobre a importância do Gestão por Processos na internacionalização de empresas: http://www.supravizio.com/Noticias/ArtMID/619/ArticleID/55/BPM-ferramenta-internacionalizacao.aspx

    Wallace
    http://www.venki.com.br

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