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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Crise, Estado, Sector Financeiro e Empresas

Conceitos chave: Empresas, Sector Financeiro, Medidas de Apoio, Competitividade e Excelência

Caros amigos,

Após um período de interregno eis me de volta. 
O assunto que me traz esta semana é mais um dos temas quentes da nossa actualidade política e económica, obviamente que extravasa outras áreas, de que é exemplo o contexto social.  
Começo por um velho e sábio ditado: "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
O artigo escrito é isento que qualquer condicionante política e ou partidária, o objectivo é apenas dar a conhecer a realidade, ajudando dentro do possível o sector empresarial na tomada de decisões empresariais e ou outras. 
Muito se tem discutido sobre o estado actual, (micro e macro) das empresas. Sabendo-se de antemão que as empresas não são ilhas e que influenciam directamente as políticas dos governos como agente económico  que são, têm um papel central na criação de riqueza dos países (PIB ou GDP).
A questão que muito se tem discutido versa à volta de: Como "ajudar", leia-se ajudar não num contexto de mendigar mas sim enquanto alavanca, as empresas. É sabido da tentativa de diversas políticas, quer de criação de emprego, quer de acesso a crédito junto das instituições financeiras ou até mesmo pela via diplomática (está muito na moda), será mesmo só moda ou pelo contrário é um verdadeiro instrumento para a internacionalização das empresas? Já aqui falamos anteriormente da importância da internacionalização das empresas, por agora centremos-nos na nossa questão de fundo. Temos assistido (empresas), impacientes à troca de "galhardetes" entre Estado e Sector Financeiro. A convite de uma instituição financeira de grande porte, portuguesa, assisti outro dia a uma conferência com muita atenção ao ponto de vista destes sobre toda a situação actualmente vivida. O que daí retive, entre outras coisas interessantes, é que a dita banca  não está mesmo disposta a financiar as empresas com o dito financiamento do estado à banca. A banca quer e precisa desse dinheiro para outros fins, além de que está bem escaldada com as empresas (lembremos da dívida existente das empresas à banca, problema ainda nada resolvido, mas que algum dia terá de ser resolvido. De que forma? Logo veremos), pelo que quando muito aceitará o financiamento para amortização de dívida actual e vencida das empresas. As empresas e os empresários assistem impacientemente ao desenrolar da situação e a um fim que tarda em chegar. Verdade é que o governo fruto de um memorando assinado tem pouca ou nenhuma margem de manobra, verdade também é que as empresas geriram-se ou foram geridas de forma pouco cuidada em alguns casos ao longo dos últimos anos, a falta de cultura financeira de alguns empresários complementada com a falta de mercado interno, a dificuldade e inexperiência de trabalhar mercados externos, o descalabro económico que se vive foram razões de sobra para o actual cenário. Tenho trabalhado com algumas empresas que precisam urgentemente de financiamento para os seus projectos, principalmente aqueles que visam dotar e capacitar as empresas para trabalhar mercados externos. As empresas precisam, mais do que financiamento, precisam equilíbrio e confiança para irem à conquista de novos mercados e novos e bons clientes. Precisam de suporte e de uma almofada no caso de caírem, isto claro sem nunca fugirem às suas responsabilidades. Sou a favor de que as empresas que fracassarem, não forem rigorosas e exigentes devem sair de cena e dar lugar às melhores, mais competitivas e mais preparadas para a "batalha". As taxas de desemprego verificadas actualmente, são como todos sabem e discutem, incomportáveis. É fundamental criar medidas de apoio à contratação de quadros qualificados que tanta falta fazem nas empresas, é bom que estes quadros venham com muita vontade de trabalhar e muita capacidade de sofrer, amigos não nos espera outra coisa, no fim de certeza sairemos mais fortes. Urge maior confiança entre empresas e banca, não há de momento ponto de equilíbrio visível. De cada vez que reúno com sector financeiro tenho imensas dificuldades em passar a mensagem, a conversa é sempre a mesma, contexto actual, cenário macro económico, panorama político interno e afins. Meus amigos (banca e estado), será difícil perceber que estamos todos no mesmo país? É fundamental arranjarmos equilíbrio de forças, existem muitas empresas (micro, pequenas e médias), com know how, capacidade e vontade de vencer e principalmente com a empresa no centro das atenções. Devem ser construídas pontes de ligação, essenciais para vencer o estado actual em que nos encontramos. As politicas devem ser de simples e eficaz acesso mas ao mesmo tempo muito rigorosas e muito exigentes onde só os melhores e os mais sérios vençam.  Num mundo global o custo de negociar e trabalhar mercados globais é muito elevado, nesse sentido torna-se necessário ferramentas de apoio e auxilio às empresas, claro que estas têm que mostrar ser não competitivas mas muito competitivas, devem mostrar resultados e principalmente devem mostrar nos seus projectos que têm futuro, e, que esse futuro está a ser preparado e trabalhado já hoje.  
Ás empresas deixo um conselho; reestruturem-se, capacitem-se, reformulem as vossas estratégias, inovem nas mais diversas formas, seja no produto, nos processos ou na comercialização, sejam exigentes convosco e com toda a vossa envolvente. É obrigação das empresas mostrar uma luz ao fundo do túnel, mostrar que os projectos e os produtos que vendem são competitivos e que a vossa empresa e os vossos gestores são capazes de combater no mais difícil terreno face ao mais difícil concorrente (seja ele asiático, americano ou europeu). É fundamental que as empresas se reequilibrem

Pois se assim for o caminho para um futuro risonho será bem mais fácil de percorrer.

Até breve.







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